segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Retiro Espiritual da ACC de Vila São João


Domingo, dia 25 de agosto a Aliança de Casais com Cristo da Paróquia São João Batista em Queimados se reuniram na Comunidade Bom Pastor para momentos de reflexão. O tema escolhido
para este fim foi: "Educando", baseado no livro "Hora da Família" da Pastoral Familiar. Houve  
uma troca de experiências, onde o foco principal foi a criação dos filhos nos tempos atuais, buscando tirar dúvidas e aprender a conviver com as diversidades de informação, tendo um olhar voltado para os meios de comunicação, que vem hoje fazendo uma grande diferença na formação dos jovens.    
Os Coordenadores Paroquiais da ACC, Zeza e Geraldo fizeram uma homenagem aos pais.
O Retiro teve início com uma celebração às 8 horas e terminou às 14:30 horas.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Momentos da Aliança de Santa Rita

A Aliança de Casais com Cristo da Paróquia Santa Rita de Cássia do bairro Santa Rita, vivenciou momentos inesquecíveis na festa junina que aconteceu no dia 15 de junho na Comunidade Matriz.



Muita alegria e descontração das
famílias. Havia muitas barraquinhas de quitutes diversos. 



Momentos do grupo



O Retiro Espiritual da Aliança de casais com Cristo aconteceu no dia 21 de julho de 2013 na comunidade São Francisco. O início foi às 08:00 horas com uma celebração. O tema do Retiro foi "Motivação na ACC" e foi desenvolvido pelo Diácono Clóvis.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Papa Francisco e os Peregrinos Alados

O Papa Francisco bateu na porta de nosso coração e entrou de mansinho. Sereno e sempre de janelas abertas, se fez peregrino. E o povo carioca o amou de paixão! E Francisco lhes retribuiu com o sorriso que nasce no coração do Cristo Redentor. Quais os frutos a colher? A esperança em oito facetas evangélicas, nascida no amor de Deus, e transmitida de forma visceral por este querido argentino.
O futuro exigirá reabilitar a política, a fé e a esperança! Daí o pedido e o imperativo categórico do papa aos jovens na missa final em Copacabana: “Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho”.
As felicidades de Francisco são as mesmas bem-aventuranças de Jesus e promovem a cultura do encontro e do diálogo. 
A primeira felicidade vital do papa: “Felizes os pobres de espírito: deles é o Reino dos céus (Mt 5,3)”. Os pobres da comunidade de Varginha foram os interlocutores do encontro de Francisco com o povo brasileiro. Entrou em uma casa, abraçou e foi beijado, orou com os evangélicos, tocou e foi tocado. Ganhou a bandeira da pastoral de juventude e o anel de tucum. Faltou elogiar as CEBs e a Teologia da América Latina.O povo ficou encantado com o jeito de Jorge Mario Bergoglio, pois viu nele um compadre fiel de lutas e utopias. Não era mais estrangeiro, mas o amigo do peito, companheiro. Ele se fez um “papa cireneu”, que ajuda na peleja do viver a enfrentar as cruzes da injustiça.
A segunda felicidade do sucessor de Pedro: “Felizes os mansos: receberão a terra em herança (Mt 5,4)”. Os mansos são aqueles que o são não tanto por temperamento, mas pela dura necessidade da sua condição social e política. O afago, o abraço de muitas crianças pelas ruas cariocas, chegou ao clímax naquele menino de doze anos, que aos prantos o abraça repleto de felicidade cordial. Os mansos se exercitam na mansidão e se reconhecem. Mansos repletos da candura das crianças. E este pode ser o caminho de uma nova política: “ouvir o povo, dialogar com todos, respeitar as diferenças”, com serenidade e
mansidão, dando prioridade às crianças, aos anciãos e aos jovens.
A terceira felicidade de Jorge Mario Bergoglio: “Felizes os que choram: eles serão consolados (Mt 5,5).” Aquele que sofre e é injustiçado, que perde a esperança. Ao ouvir o papa na Via-crúcis na praia de Copacabana, parecia-nos ouvir a ária “Una furtiva lacrima”,
último ato da ópera O elixir do amor, de Gaetano Donizetti, quando canta: “Uma lágrima furtiva irrompe de seus olhos. Jovens festivos parecem invejá-la. O que mais devo eu buscar” Me ama: eu o vejo! Um só instante e o palpitar de seu coração posso sentir. Seus suspiros se confundem com os meus. Ó Céus, posso morrer! Mais eu não peço!” O Papa disse haver uma conexão misteriosa entre a cruz de Jesus e a cruz dos jovens. Jesus em sua cruz carrega todos os nossos medos mais profundos e o nosso choro mais doído!
A quarta felicidade de Francisco: “Felizes os que têm fome e sede de justiça: eles serão saciados (Mt 5,6)”. Ter fome de justiça é a atitude de quem é um eleito de Deus. Ter fome de justiça é parte fundamental da fé bíblica. O papa não veio para adormecer com discursos melosos e suaves. Veio incomodar as elites e os grupos que oprimem o povo. Veio propor que os jovens caminhem alegres e rebeldes na estrada da justiça. Que façam barulho e mexam com as estruturas obsoletas da sociedade e das Igrejas. Afinal, o sentido ético é um desafio sem precedentes, diz Francisco. O papa foi valente e quer cristãos valentes e sem arrogância. Lutadores e profetas, com memória história, pé no chão e projetos de transformação. Organizados, pois “Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos”.
A quinta felicidade do bispo de Roma: “Felizes os misericordiosos: eles alcançarão misericórdia (Mt 5,7)”. Esta é a felicidade central da vida e do programa de bispo de Francisco, pois ele sabe que quem possui compaixão assume o outro como irmão de verdade. A misericórdia é filha de Deus. E o amor misericordioso não é raquítico nem efêmero. É amor abundante, generoso, forte, feliz, pleno e transbordante. Deus dá Deus. 
A sexta felicidade do papa argentino: “Felizes os corações puros: eles verão a Deus (Mt 5, 8)”. A limpeza e pureza de coração é o coração sincero. Francisco falou para a presidente da Republica, aos indígenas, ao prefeito do Rio, para a elite e para os milhões nas
ruas. Aos 500 mil jovens da Jornada e aos 1500 clérigos e religiosas na Catedral. Não foi jogo de marketing, nem teologia da prosperidade. Apresentou o Evangelho de Cristo, como testemunho pessoal e qualitativo de um cristão e pastor engajado pela fé e na fé. Francisco quis estar na verdade mais do que afirmar-se dono ou possuidor exclusivo dos tesouros da revelação.
A sétima felicidade do filho de imigrantes: “Felizes os que agem em prol da paz: eles serão chamados filhos de Deus (Mt 5,9)”.
O papa Francisco não proclamou a paz covarde ou uma ausência de conflitos. Não rezou por uma paz de cemitério ou pela covarde e resignada religião de subserviência ou de preces fundamentalistas. Propôs uma paz inquieta, rebelde, criativa, sonhadora. Paz onde a pessoa humana é o método, a chave e a meta. A dignidade humana como critério divino: a glória de Deus é que o pobre tenha vida! Gritou a cada momento nesta semana no Brasil, contra a corrupção das elites e das instituições e clamou por uma justa distribuição das riquezas no mundo. E disse ao clero brasileiro: tenham a coragem de ir contra a corrente que transforma pessoas em objetos descartáveis. 
A oitava felicidade do devoto de Maria: “Felizes os perseguidos por causa da justiça: deles é o Reino dos Céus (Mt 5, 10)”. Na sua primeira visita internacional nos lembrou do vigor profético de dom Helder Camara e do amor preferencial de Luciano Mendes de Almeida.Hoje o papa Francisco fortalece a fé de quem ficou ao lado dos empobrecidos, ao lado do Cristo crucificado pelo regime ditatorial. Falou da teimosia evangélica. Celebrou a vida dos que deram a vida: vidas pela vida.  Amor verdadeiro é memória celebrada do sangue derramado, como Cristo na cruz.
Nunca mais o Brasil será o mesmo. Ouvimos um convite quente: seguir a Jesus. De forma convicta e apaixonada! O coração da mensagem do papa: sair do centro para a margem, rompendo casulos, para alçar vôo de peregrino destemido, envolto no mistério de Deus. Como cantava o poema musical de Ednardo:
“Pavão misterioso/ Pássaro formoso/ Tudo é mistério/ Nesse teu voar/ Ai se eu corresse
assim/ Tantos céus assim/ Muita história/ Eu tinha pra contar...”. Vai com Deus Papa Francisco, te cuida! Volta logo, pois sentiremos muitas saudades de Tu, “mermão Chico”! Tu és sangue-bom! Por enquanto, até Cracóvia, em 2016.

Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior
Depto. Ciência da Religião PUC-SP